quarta-feira, 13 de maio de 2009

Artigo - De diretor a gestor

Gestão

Ano 8 - nº 68 - 15 de novembro de 2008

De diretor a gestor


por Marcus De Mario*

Na atualidade fala-se muito em gestão escolar e, por consequência, do gestor da escola e não mais do diretor. Qual o siginificado disso? Muda realmente alguma coisa, ou é apenas troca de nomenclatura?

Lembro meus tempos do antigo ginasial, mas pegando a implantação do primeiro grau, hoje ensino fundamental, passados em escola pública estadual paulista, e a figura do diretor, que impunha respeito e medo. Ele era o todo poderoso. Ser levado à diretoria era a última coisa que um aluno podia querer na vida. Cruzar com o diretor e não cumprimentá-lo podia significar uma reprimenda na frente de todos e até mesmo uma advertência anotada na caderneta escolar.

Certa vez, por causa de estrepolias feitas por alguns alunos da turma, o diretor foi até nossa sala. Era praxe, na sua entrada, todos se levantarem em sinal de respeito. Ele apontou com o dedo, e verbalmente, os alunos acusados da bagunça, e ali, na frente de todos, fez um sermão em voz alta, inclusive denegrindo os alunos, rebaixando-os a vermes inúteis.

E muita coisa dependia da autorização do diretor. Tínhamos a impressão que ele só tinha por amigos os inspetores.

Ele foi substituído e passamos a ter uma diretora, figura feminina. Bem mais dócil, ela implantou o diálogo. Gostava de passear pelos corredores e encontrar os alunos. Incentivou exposições de arte. E aquele drama de comparecer à diretoria foi diminuindo, pois ela nos atendia bem, conversava com os pais.

Enquanto esteve à frente dos destinos escolares implantou o plano pluricurricular, abrindo oficinas técnicas profissionalizantes, e embora se zangasse com as nossas "peladas" em qualquer canto da escola, pediu aos inspetores que fossem mais tolerantes.

Qual a diferença entre os dois diretores? O primeiro era o diretor clássico, tradicional, de pouco diálogo, concentrado no seu trabalho burocrático e mandatário supremo de todos os destinos. O segundo era o gestor moderno, com muito diálogo e incentivador da participação e da modernização pedagógica.

Como pudemos perceber pelo exemplo, não se trata de simples troca de palavras, mas troca de visão e postura.

Mesmo que continuemos oficialmente, ou não, a chamar o diretor de diretor, importante é que ele tenha atitude de gestor, comportamento de gestor, pensamento de gestor.

*Marcus De Mario é diretor do IBEM, publisher da revista ReConstruir, educador e escritor.

Artigo retirado do site http://www.educacaomoral.org.br/reconstruir/gestao_edicao_68.htm em 13 de maio de 2009.

Sites interessantes para pesquisa Meio ambiente

http://www.recicloteca.org.br/
http://www.canalkids.com.br/meioambiente/mundodasplantas/index.htm
http://www.akatu.org.br/

Material Semana O Boticário de Educação Ambiental

A Secretaria Municipal de Educação de Bicas recebeu da empresa o "O Boticário" o Material da Semana O Boticário de Educação Ambiental e repassou as escolas municipais.
Trata-se de um movimento que tem como objetivo oferecer ferramentas para a temática do meio ambiente.
Já pensando na semana do meio ambiente, os gestores escolares e especialistas das escolas devem estudar o material e acessar o site www.eufacoomundomaisbelo.com.br que contém ideias interessantes para realização de atividades pedagógicas sobre o tema.

Notícias do MEC - Educação Infantil

Educação infantil
Roteiro ajuda escolas a avaliar qualidade da educação
Terça-feira, 12 de maio de 2009 - 15:48

As creches e as pré-escolas públicas terão este ano a oportunidade de realizar uma autoavaliação para conhecer como anda a qualidade da educação que oferecem a crianças de até 6 anos de idade. Para facilitar essa tarefa, o Ministério da Educação elaborou o caderno Indicadores da Qualidade na Educação Infantil, documento que estará disponível no portal do MEC a partir desta sexta-feira, 15. O ministério também vai imprimir 300 mil exemplares do caderno e enviar um para cada turma da educação infantil.


Os objetivos da publicação, explica a coordenadora-geral de educação infantil da Secretaria de Educação Básica, Rita Coelho, são incentivar as redes públicas de ensino e as escolas a construir uma cultura e ter compromisso com a qualidade usando o processo de autoavaliação. “Não é para fiscalizar, não é para medir, não é para comparar”, explica Rita Coelho. Os indicadores, diz, são instrumentos orientadores do debate, que deve contar com diretores, professores, servidores da escola, pais com e sem filhos na educação infantil, a comunidade.


Em creches e pré-escolas públicas, segundo dados do Censo Escolar de 2008, estudam mais de 4,9 milhões de crianças com até 6 anos de idade. Destas, 3,8 milhões estão na pré-escola e 1,1 milhão em creches. Além das crianças que frequentam as redes públicas, a publicação também será enviada a todas as classes de escolas privadas que trabalham em convênio com as redes municipais.


O documento, com 62 páginas, oferece os fundamentos da educação infantil e um roteiro de como professores, diretores, servidores das escolas e a comunidade devem proceder à autoavaliação, que é voluntária.


Para facilitar o trabalho, o caderno propõe que a escola e a comunidade se distribuam em sete grupos para analisar cada parte do questionário: planejamento institucional; multiplicidade de linguagens e experiências; interações; promoção da saúde; espaços, materiais e mobiliários; formação e condições de trabalho dos professores e demais profissionais; relação de troca e cooperação com as famílias e participação na rede de proteção social.


Para cada indicador avaliado, o documento sugere que os grupos atribuam cores: verde, se a situação é boa; amarela, se é média; e vermelha, se é ruim ou não existe. Assim, explica Rita Coelho, o grupo de trabalho constrói um quadro da realidade do indicador, o que possibilitará à escola e à comunidade terem uma visão do conjunto quando as equipes apresentarem os resultados na plenária final.


A dinâmica prevê que a avaliação aconteça em dois dias de atividades, que podem ser em sequência ou alternados. De posse do mapa da realidade da escola, o desafio seguinte é fazer o planejamento, um calendário de ações e determinar as próximas etapas da avaliação.


Indicadores – O caderno Indicadores da Qualidade na Educação Infantil foi elaborado pelo MEC em conjunto com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), a Ação Educativa e a Fundação Orsa. Os indicadores já foram apresentados no fórum da Undime, dia 4, em Curitiba (PR), e no Movimento Interfóruns da Educação Infantil, no Rio de Janeiro; e serão levados a eventos como o seminário Qualidade e Acesso na Educação Infantil, que ocorre em Ribeirão Preto (SP), nos dias 14 e 15; em Santarém (PA), no 1º Simpósio de Educação Infantil, dia 16; e na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 4 de junho.

Ionice Lorenzoni


Retirado do site:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=/index.php?option=com_content&view=article&id=13403:roteiro-ajuda-escolas-a-avaliar-qualidade-da-educacao&catid=207&Itemid=86 Em 13 de maio de 2009.